Tênis rejeita insinuações de acobertamento em manipulação de partidas
- A Unidade de Integridade do Tênis e as autoridades responsáveis do tênis rechaçam absolutamente qualquer insinuação de terem encoberto qualquer evidência de manipulação de partidas por qualquer motivo.
- Em suas investigações, a Unidade de Integridade do Tênis tem que encontrar evidência, não apenas informações, suspeitas ou rumores.
- A investigação de um ano de uma partida em Sopot de 2007 não encontrou evidências suficientes como indica a publicação do BuzzFeed: “os investigadores se encontraram com um muro. Simplesmente não foi possível determinar quem era a parte culpada em relação a esta partida”.
- Todos os tenistas profissionais, equipe de apoio e árbitros estão sujeitos ao Programa Anticorrupção do Tênis (“TACP”, sigla en inglês).
- Investigações anticorrupção instigadas pela Unidade de Integridade do Tenis resultaram em 18 casos disciplinares confirmados, incluindo cinco jogadores e um árbitro que foram expulsos do esporte permanentemente.
Em resposta às alegações sobre manipulação de partidas retransmitidas pela BBC News e publicadas na internet pelo BuzzFeed, os quatro órgãos de organização do tênis (ATP, WTA, o Conselho do Grand Slam e a ITF), que são parceiros na Unidade de Integridade do Tênis (“TIU”, sigla em inglês) manifestaram hoje sua atitude de tolerância zero em todos os aspectos de corrupção e seu firme compromisso para proteger a integridade do esporte.
Chris Kermode, Presidente Executivo da ATP e membro do Conselho da TIU, disse: “O tênis está completamente comprometido a enfrentar de frente as práticas de apostas corruptas que todos os esportes estão encontrando. Temos estabelecidos procedimentos rigurosos e sanções para gerir qualquer suspeita de corrupção e temos demonstrado que atuaremos decisivamente quando nossas regras de integridade forem quebradas.”
“Nenhum jogador ou árbitro tem imunidade ante uma investigação, independentemente de seu status ou cargo no esporte. As investigações seguem o curso ao que levam as evidências”, continuou Kermode.
“Todos os jogadores profissionais, o pessoal de apoio e os árbitros estão sujetos às condições do Programa Anticorrupção do Tenis, que dota a TIU com substanciais poderes de investigação. Estes incluem o direito a entrevistar a qualquer pessoa relevante e a obter cópia dos dados de uso de seu telefone, computador e contas bancárias.”
Em 2011, a TIU abriu investigação a um jogador, a qual foi subsequentemente suspensa por falta de evidências claras. Em 2013, foram obtidas novas evidências, o jogador foi acusado e declarado culpado de quebrar três regras da TACP. Ele foi suspenso por um período de cinco anos e multado em 25 mil dólares. O recurso apresentado à Corte Arbitral do Esporte (“CAS”, en inglês) no princípio de 2014 foi negado e a condenação original mantida.
“Durante quatro anos, a TIU continuou investigando este caso; tempo e esforço que foram recompensados ao expulsar do esporte um jogador corrupto por um período sustancial de tempo”, disse Kermode.
“Permanecemos abertos e dispostos a melhorar qualquer dos sistemas anticorrupção que temos estabelecidos caso seja necessário.”
Em setembro de 2008, as quatro grandes associações do tênis acordaram simplificar e reforçar as investigações de corrupção, convertendo o tênis em um dos primeiros esportes globais que estabeleceu uma unidade dedicada ao combate à corrupção. A TIU é a responsável pela implementação a nível mundial da política de tolerância zero em relação às apostas.
Desde 2010, as investigações anticorrupção instigadas pela TIU resultaram em 18 casos disciplinares confirmados.
As condenações incluem cinco jogadores e um árbitro que foram expulsos do tênis por toda a vida.
Cada um destes 18 casos foi o resultado de investigações instigadas pela TIU, e não por processos ou condenações judiciais, ou de operações encobertas.
Aqueles casos que foram apelados à Corte Arbitral do Esporte, a duração das sanções originais otorgadas pelo Oficial independente da Audiência Anticorrupção, foi mantida. Isto reforça a qualidade da investigação original e a força da evidência conseguida pela TIU.
O programa educativo online de combate à corrupção é obrigatório e foi completado por mais de 23 mil jogadores profissionais.
“Nenhum jogador nem árbitro está imune pela TIU de sua possível participação em corrupção. Por sua própria natureza, a corrupção é difícil de demonstrar, e embora os processos possam ser longos, a TIU continuará investigando evidências onde acredita que seja necessário.”
“Há aproximadamente 21 mil jogadores profissionais e mais de 2.100 árbitros, jogando e arbitrando cerca de 1.500 torneios em 80 países ao redor do mundo. A grande maioria destes indivíduos são gente de bem, com grande integridade,” declarou Kermode.
“Lamentavelmente, sempre há uma minoria que busca o lucro pessoal através de atividades corruptas. Estes indivíduos continuarão sendo sujeitos a investigação por parte da TIU e sofrerão as sanções disciplinares correspondentes, incluindo a expulsão por toda a vida, asim como duras condenações econômicas.”
Avaliação relativa à integridade no tênis profissional
Em 2008, as entidades reguladoras do tênis comissonaram uma investigação independente de dois especialistas em integridade do esporte. Como parte de sua avaliação, eles examinaram 75 partidas:
- Realização de uma análise detalhadas de registros de apostas;
- Sobrepondo a planilha de apostas com as súmulas dos árbitros das partidas tomando conta das apostas durante o jogo;
- Entrevistando jogadores, funcionários e testemunhas;
- Examinando registros de telefones e examinando aparelhos forenses;
- Analisando registros telefônicos quando recebidos (não simples como geralmente prestadores de serviçoes estrangeiros); e
- Entrevistando titulares envolvidos nos padrões de apostas suspeitas
O documento, publicado em maio de 2008, concluiu que o tênis profissional não é institucionalmente ou sistematicamente corrupto. Porêm, houveram indicações de inteligência de que alguns jogadores eram vulneráveis a aproximações corruptas e há pessoas de fora do tênis que buscam corromper aqueles dentro do esporte.
O relatório fez 15 recomendações, incluindo a criação da Unidade de Integridade.
http://www.sportingintelligence.com/wp-content/uploads/2011/01/Integrity-in-tennis.pdf
Unidade de Integridade do Tênis
Em setembro de 2008, a Unidade de Integridade do Tênis (TIU) foi formada como uma iniciativa em conjunto da Federação Internacional de Tênis (ITF), a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), a Associação do Tênis Feminino (WTA) e o Conselho do Grand Slam.
Atualmente, sob a liderança do diretor de integridade Nigel Willerton, um ex-detetive senior da Polícia Metropolitana em Londres, a Unidade tem um resumo global a proteger o esporte de todas as formas da prática de corrupção relacionada com apostas.
A TIU trabalha sobre uma base confidencial e não faz nenhum comentário público sobre o seu trabalho para além de confirmar o resultado de uma investigação que resulte em ação disciplinar a ser tomada. É operacionalmente independente das entidades reguladoras do tênis e trabalha com uma base global a partir de sua base em Londres. Na proteção da integridade do tênis mundial tem um mandato que abrange:
- Prevenção: Trabalhando em estreita colaboração com as entidades reguladoras e os diretores de torneios para implementar protocolos de integridade destinados a restringir o acesso não-autorizado a jogadores e manter sua privacidade. Prevenir que a corrupção ocorra com a identificação de pretensos corruptores alvejando jogadores, técnicos, funcionários e outros com potencial influência.
- Educação: Explicando as táticas e aproximações usadas por potenciais corruptores faz parte do programa de educação da TIU para jogadores e pessoal de apoio. Todos os jogadores estão cientes desses riscos e as respostas necessárias nos termos do Programa Anticorrupção do Tênis. Proteger jogadores inocentes de infundadas e maliciosas alegações de prática corrupta é outro papel importante.
- Investigação: A TIU tem uma gama de poderes de investigação que pode trazer no caso de alguma questão de preocupação que identifique ou que chame a atenção. A investigação pode incluir qualquer um dos seguintes elementos:
- Análise de dados e padrões de apostas. A Unidade trabalha proximamente com organizações de apostas reputáveis para acessar, investigar e verificar dados.
- Entrevistas com qualquer pessoa implicada nas alegações.
- Produção de registros de qualquer pessoa abrangida pelo Programa Anticorrupção do Tênis.
- A TIU pode lançar uma investigação a qualquer momento, a seu critério. Para manter os requerimentos de confidencialidade do Programa Anticorrupção do Tênis, a Unidade não anuncia, comenta ou confirma qualquer atividade investigativa. O único momento em que o comentário público é feito é após uma audiência se foi encontrado algo contra um jogador ou uma outra pessoa dentro do Programa Anticorrupção do Tênis.
- Sanções disciplinares: sanções aplicáveis às violações do Programa Anticorrupção são entregues por auditores oficiais Anticorrupção nominados pelas entidades reguladoras do esporte. Dependendo de gravidade da infração, as sanções ao jogador podem incluir:
- Multa de US$ 250 mil acrescida ao valor de qualquer ganho ou quantias recebidas na conexão com o crime.
- O banimento por toda a vida de participar de qualquer evento organizado ou sancionado por qualquer entidade reguladora do tênis.
Penalidades podem estar sujeitas a apelo na Corte Arbitral do Esporte em Lausanne, na Suíça.
http://www.tennisintegrityunit.com/
Programa Anticorrupção do Tênis
A proposta do Programa Anticorrupção do Tênis é:
- manter a integridade do tênis;
- protejer contra quaisquer esforços para impactar indevidamente os resultados de qualquer partida; e
- estabelecer uma regra uniforme e consistente programa de execução e sanções aplicáveis a todos os profissionais de eventos de tênis e a todas as entidades reguladoras.
http://www.tennisintegrityunit.com/download-file/download-TACP.pdf/