Feijão comemora 'dia perfeito' e lugar no top 100 04 Ago 2011

João Souza, o Feijão, não poderia estar mais satisfeito. Com atuações firmes, ganhou seus dois jogos da quinta-feira, passou pela segunda vez à semifinal de um torneio de nível ATP e garantiu pela primeira vez lugar entre os 100 melhores do mundo.

 

"Foi um dia perfeito. Joguei muito bem nos dois jogos. Saquei muito bem, devolvi igual, errei pouco. Fui bem do início ao fim com atitude sempre positiva", declarou Feijão que nesta sexta-feira, às 10h, buscará pela primeira vez uma vaga na final de um evento de primeira linha do circuito mundial. 

 

Seu oponente às 10 horas desta sexta-feira será o também embalado Robin Haase, da Holanda, 53º colocado, que derrotou os favoritos Feliciano Lopez e Andreas Seppi nesta quinta-feira: "Certamente será uma partida complicada. Nesta fase do torneio todo mundo está adaptado. O Haase saca, voleia bem, se mexe bem, faz tudo certo. Espero manter o nível que venho atuando esta semana para sair com o resultado positivo".

 

Esta é a segunda vez que Feijão atinge a fase semifinal de um ATP. Em fevereiro de 2010 ele também furou o quali em Santiago (Chile) e parou apenas diante do argentino Juan Monaco.

 

O número 3 do Brasil também comemorou o fato de atingir o top 100, mas se manteve com os pés no chão: "Isso é legal, ajuda a entrar nos grandes torneios, competir contra os melhores que é meu desejo, mas no fundo o que conta é que estou evoluindo e jogando muito bem esta semana e que tenho uma semifinal dura de um torneio importante. Não posso negar que tira um peso das minhas costas, mas o top 100 continua sendo um número e agora é seguir evoluindo para estar entre 60, 70 mais adiante, obviamente sempre dando um passo de cada vez".

 

Ricardo Acioly, ex-capitão do Brasil na Copa Davis, que já trabalhou com o ex-número 1 do mundo Marcelo Rios e com Fernando Meligeni, levou João Souza para o Centro de Treinamento da Amil na capital carioca e comentou o feito do pupilo: "O top 100 é um marco pra qualquer jogador e claro que será pra ele. É pra se comemorar, mas bem pouco pois o trabalho cada vez fica mais duro. E é muito legal saber que começamos o trabalho com ele bem jovem aqui dentro do Brasil, recebendo como um menino franzino, tímido e que hoje já coloca suas barbas pra fora", disse Pardal.

 

O treinador ressalta o aprendizado do tenista que, em 2010, esteve com o ranking de número 101, a três pontos do grupo dos cem melhores: "No ano passado faltou pouco pra entrar no top 100, mas acabou sendo bom, ajudou a melhorar algumas coisas. E agora é a hora que começa a parte legal, é o circuito ATP. Ele tem apenas 23 anos e ainda muito a melhorar. Vai crescer cada vez mais".