Em dia de novo recorde para o tênis brasileiro, com a estreia de Beatriz Haddad Maia na Fed Cup, em que se tornou a mais jovem do país a jogar, Vivian Segnini se destacou mais uma vez ao vencer em simples e também nas duplas, ao lado de Roxane Vaisemberg, para garantir o triunfo por 2 a 1 sobre a Venezuela.
Um dia depois de uma estreia na qual o Brasil acabou perdendo para a Venezuela por 2 a 1 depois de ter vencido o primeiro jogo, a situação se inverteu e a equipe comandada por Eduardo Frick se manteve na briga pelo primeiro lugar do grupo B, que tem a Colômbia como líder com três vitórias, após o triunfo também por 2 a 1 nesta quarta-feira diante do Paraguai.
"Tivemos a felicidade de entrar com a Bia, ela deu uma motivação bem legal. A guria mostrou que quer jogar, que tem lugar. A Bia fez por merecer, lutou, fechou o punho, teve dedicação, se empenhou. Não deu, tudo bem, isso é o jogo de tênis. A Vivian entrou com uma pressão, com um jogo atrás, saiu tomando 4/1 e aí ligou, engatou a segunda, a terceira, a quarta, a quinta, foi pé embaixo e vira o jogo de 4/1 para 6/4 e 6/1. Decidi mudar a dupla por a Vivian estar em um momento muito bom e o jogo casava com ela no fundo e a Roxane na rede", afirmou o capitão Eduardo Frick após a vitória brasileira.
Beatriz Haddad Maia abriu o confronto diante da venezuelana Gabriela Paz e fez um jogo equilibrado no primeiro set, quando acabou perdendo o tie-break. No segundo set, a brasileira teve dificuldades para manter o ritmo e acabou perdendo com 7/6(7-3) e 6/2, em 1h46min.
Ao jogar a primeira partida pela Fed Cup, Beatriz Haddad Maia quebrou a marca de mais jovem brasileira na competição, que pertencia a Claudia Faillace, que havia sido a mais nova com 16 anos e 158 dias, enquanto Bia jogou aos 15 anos e 246 dias. Mesmo perdendo a partida, ela ressaltou a importância que o jogo teve como experiência para a sua carreira.
"É um orgulho poder estar participando da equipe. Com certeza, hoje vai ser um dia que vai marcar na minha vida por jogar minha primeira Fed Cup aos 15 anos. Eu joguei relativamente bem, estava bastante nervosa antes do jogo, mas acho que foi uma ótima experiência por ter conseguido superar para levar para a minha carreira essa pressão de representar o Brasil, saber que depende de você. Foi muito bom o dia", declarou a mais nova do time brasileiro.
Vivian Segnini entrou em quadra na sequência para enfrentar a venezuelana Adriana Perez e saiu de uma desvantagem de 4/1 no primeiro set para virar o jogo e fechar em 6/4 e 6/1, em 1h18min.
"Ontem eu me senti muito bem n a quadra, mas no final do dia fiquei com sentimento de derrota porque o que importa é a equipe. Hoje comecei bem mal, mas acho que me ajudou bastante o Frick estar na quadra e a equipe toda apoiando para reverter a situação", analisou Segnini.
Com a decisão ficando para as duplas, o capitão Eduardo Frick escalou Vivian Segnini para jogar ao lado de Roxane Vaisemberg diante de Gabriela Paz/Adriana Perez e a vitória ficou com as brasileiras, que fecharam o jogo em 6/0 e 6/3. Após ter perdido suas duas partidas contra o Paraguai, Roxane se mostrou confiante com o triunfo diante das venezuelanas.
"Esse é o bom do tênis no geral, ele te dá oportunidade o tempo todo. Não dá tempo de lamentar muito, nem ficar muito feliz. Tem que manter o equilíbrio para encarar essa montanha russa que é. A Fed é isso, tem jogo o tempo todo e tem que estar pronto", afirmou a número 1 do Brasil.