Árbitros brasileiros de tênis participam das Olimpíadas
Árbitros brasileiros de tênis participam das Olimpíadas 30 Jul 2012

Eles não competem, não participam dos desfiles das delegações na cerimônia de abertura, mas têm participação fundamental em um grande evento esportivo e como qualquer grande atleta também realizam um sonho ao participarem dos Jogos Olímpicos, que têm as partidas de tênis iniciadas neste sábado no All England Club.

 

Nesta edição em Londres, são três os árbitros brasileiros privilegiados com a oportunidade de trabalhar nos Jogos Olímpicos, um prêmio pelo bom desempenho que tiveram nos grandes torneios de tênis pelo mundo nos últimos quatro anos. Carlos Bernardes está no Reino Unido como árbitro de cadeira, enquanto Fábio Souza e Paula Vieira trabalham como juízes de linha.

 

Já conhecido do público que acompanha tênis por trabalhar nos maiores torneios, tendo sido o árbitro de cadeira da final de Wimbledon no ano passado, Carlos Bernardes vai a sua terceira edição dos Jogos Olímpicos após ter participado em Atenas-2004 e Pequim-2008.

 

“É um evento especial e faz parte dos sonhos de um árbitro arbitrar uma edição dos Jogos Olímpicos. A diferença é que você está em um evento com os maiores atletas de todo o mundo e não só em tênis. A competição tem outro tipo de atmosfera, pois os atletas do tênis não competem somente para si próprios, mas para os seus respectivos países e as próprias pessoas que vão assistir aos jogos têm o mesmo sentimento”, explica Carlos Bernardes ao destacar a competição olímpica em relação aos torneios de Grand Slam.

 

A gaúcha Paula Vieira tem neste ano a sua primeira oportunidade de trabalhar em Jogos Olímpicos e destaca o quão é gratificante para um árbitro poder ir a uma competição deste porte sendo selecionada entre tantos candidatos pelo bom desempenho nas quadras.

 

“Ser selecionado para as Olimpíadas, é como receber um premio pelo seu desempenho na arbitragem. E todos os árbitros trabalham querendo dar o seu melhor, para poder ser selecionado para eventos maiores. Por ser um evento que acontece de 4 em 4 anos, se torna gratificante ser selecionado. Pois, por exemplo, se eu não for selecionada para algum Grand Slam, ano que vem tem de novo, e outra chance de trabalhar. Olimpíadas, não”, afirma Paula Vieira.

 

O baiano Fabio Souza também realiza um sonho ao participar dos Jogos Olímpicos pela primeira vez. O clima da competição e a vontade de cada atleta fazem com que mesmo quem não é atleta sinta outra atmosfera em um evento desta importância.

 

“Este evento é o maior evento esportivo, só acontece de 4 em 4 anos e tem um clima especial. É realmente um sonho participar de Londres. Qualquer jogador de qualquer modalidade tem o sonho de ganhar uma medalha de ouro. No tênis imagino que todos os jogos serão duros, todos querem ganhar uma medalha”, explica Fábio Souza.

 

A ida dos três árbitros brasileiros a Londres é uma grande conquista para o Departamento de Arbitragem da Confederação Brasileira de Tênis que tem Ricardo Reis como diretor. O Brasil é o país latino-americano com o maior número de árbitros trabalhando nos Jogos Olímpicos de Londres.