Brasil participa do tênis no Parapan de Lima com cinco atletas
Brasil participa do tênis no Parapan de Lima com cinco atletas 22 Ago 2019

(Foto: Divulgação)

Lima (Peru) – O tênis em cadeira de rodas brasileiro terá um grande desafio a partir deste sábado. Em Lima, no Peru, cinco atletas do país estarão nos Jogos Parapan-Americanos. Eles participarão de provas de simples e de duplas no Open Masculino e Feminino, além de simples na categoria quad, que estreia nesta edição do Pan. As finais da modalidade estão marcadas para o dia 30 de agosto.

Um dos objetivos na competição é tentar superar o bom desempenho no Parapan de 2015, quando voltaram para casa com medalhas de ouro (simples e duplas no feminino), prata (duplas no masculino) e bronze (simples no masculino). Para isso, o país estará bem representado por Daniel Rodrigues (12º no ranking da ITF), Gustavo Carneiro (49º), Meirycoll Duval (28ª), Rejane Candida (64ª) e Ymanitu Silva (10º no ranking de quads da ITF).

"A expectativa é que possamos colher bons resultados, sabendo que em 2015 atingimos um feito inédito com o número de medalhas, de todas as cores. Sabemos que as chances são grandes de repetir o resultado, já que nossos atletas atravessam um bom momento. Esperamos ter um bom desempenho no Parapan e contamos com a torcida de todos os brasileiros", frisa Jesus Tajra, vice-presidente da Confederação Brasileira de Tênis (CBT).

O Brasil participará dos Jogos Parapan-Americanos de Lima, que terá a cerimônia de abertura nesta sexta-feira, com 337 atletas, em 17 diferentes modalidades. O país é referência no esporte paralímpico, sempre figurando no primeiro lugar no quadro geral de medalhas desde a edição de 2007 no Rio de Janeiro. No tênis, além do apoio da Confederação Brasileira de Tênis, os jogadores contam com o suporte do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Os tenistas no Parapan

Daniel Rodrigues (simples e duplas no masculino)

O mineiro Daniel Rodrigues, de 32 anos, nasceu com má-formação na perna direita (20 centímetros menor do que a esquerda). Em 2013, decidiu amputar a perna e usar prótese. Apaixonado por esportes, aceitou o convite para participar de uma aula experimental na ONG “Tênis para Todos”. Gostou da modalidade e se dedicou a ela. Ele foi medalha de prata por equipes no Mundial do Japão em 2016; prata nas duplas e bronze no individual nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015; e bronze no Mundial da Inglaterra em 2009. 

Gustavo Carneiro (simples e duplas no masculino)

Também mineiro, Gustavo Carneiro, de 46 anos, sempre gostou de jogar tênis. Após a descoberta de um lipossarcoma em 2013, teve que amputar a pena acima do joelho, já que a doença não permitia a preservação dos nervos. No começo de 2018, quando descobriu que o tênis era jogado em cadeira de rodas e não com próteses, decidiu voltar a praticar o esporte. Desde então, tem colhido grandes resultados, como o Butija Open, o Uberlândia Open, além de atingir finais em diversos torneios.

Meirycoll Duval (simples e duplas no feminino)

Meirycoll, de 24 anos, tem má-formação congênita na perna esquerda, que possuía encurtamento de 15cm. Conheceu o esporte por meio de uma atleta do basquete, com quem já jogava. Entrou da modalidade aos nove anos de idade com futebol e trilha, depois praticou o basquete até os 16, e aos 17 entrou para o tênis. Foi ouro em simples e duplas no Campeonato Internacional, em Belo Horizonte, em 2018. Tricampeã na dupla da Semana Guga Kuerten, participou do Mundial do Japão em 2016, do Mundial da Itália em 2017 e da Holanda em 2018. 

Rejane Candida (simples e duplas no feminino)

A goiana de 42 anos teve poliomielite aos dois meses de vida e ficou com as pernas atrofiadas. Começou a jogar tênis em 2004, sua primeira modalidade adaptada. Participou das últimas edições do Parapan (Rio-2007, Guadalajara-2011 e Toronto-2015). No Canadá, foi ouro nas duplas, superando or resultado obtido em 2007, quando foi prata na mesma prova.

Ymanitu Silva (simples no Quad)

O catarinense de 36 anos sofreu um acidente de carro em 2007 e ficou tetraplégico. Durante a reabilitação, conheceu o tênis em cadeira de rodas e se encantou, passando a se dedicar profissionalmente à modalidade. Ficou em quinto lugar nos Jogos Paralímpicos do Rio em 2016; e ouro no individual e prata nas duplas no Campeonato Sul-Americano do Chile em 2014. Neste ano, ele foi o primeiro brasileiro da história a disputar um Grand Slam em cadeira de rodas ao jogar em Roland-Garros.

A Confederação Brasileira de Tênis tem o patrocínio da Wilson e Peugeot. Apoio do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e Ministério do Esporte. Siga tudo sobre a CBT em www.cbtenis.com.br, www.facebook.com/cbtoficial, www.twitter.com/cbtenis, www.instagram.com/cbtoficial e www.flickr.com/cbtenis.