Parceria CBT/Correios leva crianças do Projeto WimBelemDon para serem boleiros na Copa Davis
Parceria CBT/Correios leva crianças do Projeto WimBelemDon para serem boleiros na Copa Davis 22 Set 2009

O encerramento do confronto entre Brasil e Equador da Copa Davis, neste domingo, marcará a vida de 13 crianças do bairro Belém Novo, na periferia de Porto Alegre (RS). Ao longo de todo o confronto, desde sexta-feira, eles estiveram em quadra como pegadores de bola, realizando o sonho de estar perto das estrelas do duelo. As 13 crianças fazem parte do Projeto WimBelemDon, criado pelo repórter fotográfico Marcelo Ruschel, e foram orientadas pelo professor Agostinho Carvalho, que encabeça o Projeto Bola Dentro, em São Paulo (SP), também apoiado pela CBT.

 

Antes do projeto, as 13 crianças tiveram o primeiro teste no 1º Rolando Arroz, torneio de duplas realizado na sede do WimBelemDon, e se saíram muito bem. O projeto atende 80 crianças em estado de vulnerabilidade social. Quem ficou de fora da seleção de pegadores de bola pode ver de perto os jogos no Gigantinho.

 

"Muitas das crianças que participam de um projeto como este passaram por coisas difíceis na vida. Eu conheço histórias de crianças que perderam os pais, que tinham tudo para dar errado, mas que através do esporte puderam aprender e buscar coisas melhores na vida. É muito gratificante. Eles foram muito bem", disse Agostinho.

 

A experiência emocionou não apenas as crianças, mas também o fotógrafo. As crianças gostaram tanto da experiência que, após os jogos, muitos não quiseram tirar o uniforme. "Quando eles entraram na quadra, eu vou ser sincero, não deu para segurar aquela lágrima de cantinho. É um sonho se concretizando, um evento do porte da Copa Davis, com eles que nunca tiveram contato com algo deste porte, se superando, se dedicando. No final, ninguém queria ir embora. A gente tem certeza que todo este processo, que aconteceu graças à colaboração do Agostinho, que veio um mês antes pra ensinar as crianças, não tem preço, nem pra gente, nem pra elas", disse Marcelo Ruschel.

 

Além da participação das crianças durante os jogos, o Gigantinho também recebeu uma exposição com fotos do fotógrafo, tiradas durante os seus 25 anos de carreira. Toda a renda da venda das fotos, posters e calendários da exposição é revertida para o projeto.