Natalia Mayara discursa em passagem da chama olímpica pela ONU
Natalia Mayara discursa em passagem da chama olímpica pela ONU 29 Abr 2016

Genebra (SUI), 29 de abril de 2016 - A tenista cadeirante brasileira Natalia Mayara participou da cerimônia que levou pela primeira vez na história a chama olímpica para a sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, na Suíça, na presença do presidente da ONU, Ban Ki-moon, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, o presidente do Comitê Organizador dos Jogos Rio-2016 e do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, além do ministro do Esporte, Ricardo Leyser.

 

A atleta pernambucana radicada em Brasília foi escolhida como responsável por discursar levando a mensagem da importância do esporte na inclusão ao contar a sua história com o tênis em cadeira de rodas, modalidade pela qual é a atual número 20 do mundo e conquistou as medalhas de ouro em simples e duplas nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto-2015, no Canadá.

 

Confira abaixo na íntegra o discurso da atleta Natalia Mayara: 

 

"Senhoras e senhores, bom dia.

Eu tinha apenas 12 anos quando tive meu primeiro contato com esportes. Hoje, dez anos mais tarde, posso estar orgulhosamente aqui para dizer a vocês o quanto ele mudou a minha vida.

Devo tudo que tenho hoje ao esporte. Não só em termos financeiros, mas pessoalmente. Por causa do tênis em cadeira de rodas, eu pude viajar pelo mundo e outras tantas conquistas.

Mas o meu crescimento vai muito além. Minha relação com o esporte evitou que eu discriminasse a mim mesmo. Evitou que eu me sentisse envergonhada por causa da minha deficiência. O esporte me mostrou dia após dia o que eu era capaz e que minha deficiência não me impediria de fazer nada. Eu era como qualquer outra pessoa.

E é por meio do esporte que eu hoje posso mudar a percepção das pessoas sobre os deficientes. Este é o ponto mais importante para mim.

E hoje, com os Jogos Olímpicos e Paralímpicos a serem realizados no Rio de Janeiro, pela primeira vez na América do Sul, nós temos a oportunidade de levar essa mensagem ainda mais adiante. Não estaremos mais em Londres ou Pequim. Os Jogos Paralímpicos serão aqui, ao nosso lado, no Brasil. Teremos a chance de mostrar ao nosso povo a importância do Movimento Paralímpico.

Tomara que brasileiros, sul-americanos e pessoas de todo o mundo possam mudar o seu ponto de vista. Eles não vão mais achar que você não é capaz de algo. Eles vão perceber que não somos diferentes de ninguém.

Muito obrigado"

 

 

 

 

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