Curitiba (PR), 21 de novembro de 2016 - A Confederação Brasileira de Tênis realizou na última semana em parceria com a Confederação Sul-Americana de Tênis (COSAT) o Encontro Feminino COSAT/Etapa Brasil, com apoio da Federação Paranaense de Tênis e do Clube Curitibano, que recebeu 16 tenistas e treinadores em prol do desenvolvimento do tênis feminino brasileiro.
O Encontro, que já passou por toda a América do Sul sob o comando do técnico argentino Mario Bravo e o paraguaio Alfredo de Brix, teve quatro dias de duração com trabalhos em quadra e auditório com orientações de treinamentos, planejamentos, metodologias, calendários e avaliação das jogadoras brasileiras.
Para que seja colocado em prática em encontros que serão realizados pela CBT no próximo ano, os técnicos Fernanda Ferreira (MG), Roberto Carvalho (SP), Eduardo Gordilho (BA) e Laurent Philippe (GO) foram convocados pelo Departamento de Alto Rendimento da CBT, além de Claudio Santana, Fabrizio Santana, André Tavares e Jean Link, convocados pela FPT e pelo Curitibano.
“O tênis feminino precisa de um carinho especial pois ele é diferente do masculino, e às vezes comparamos nossas meninas com eles. Quando fui atleta não vi ações como essa e vejo que esse encontro é um passo muito importante para a evolução do tênis. Acredito em mais encontros como esse para acompanhar o desenvolvimento das meninas e, principalmente, ocorrer a integração entre os treinadores”, avaliou Fernanda Ferreira, treinadora do Minas Tênis Clube, que foi capitã do Brasil no Sul-Americano de 16 anos, a Fed Cup Junior, em 2016.
“Foi super proveitoso, acho que são mudanças necessárias que talvez não façam efeito a curto prazo, mas a longo prazo quando estiverem na transição do juvenil para o profissional vai ter grande significado”, completou o treinador Eduardo Gordilho, capitão da equipe feminina campeã sul-americana de 14 anos na atual temporada.
Jogadoras de seis estados brasileiros estiveram presentes, com idade entre 11 e 17 anos, o que tem impacto desde as tenistas que estão começando a competir no juvenil até aquelas que estão próximas da transição para o profissional.
“Está sendo bom, estou gostando bastante até porque estou em fase de transição. Consegui baixar meu ranking ITF para 150 e agora para baixar mais é bem difícil, as meninas têm um nível bem mais forte, várias já jogam torneios profissionais e com o caminho que eles estão mostrando com esse treinamento acho que tenho mais chances de conseguir”, afirma a paranaense Vitória Okuyama, de 17 anos.
Técnico que viaja com Vitória para os torneios, Claudio Santana também acredita que esta ação vai ajudar bastante as jovens tenistas brasileiras na busca pelo tênis profissional. “A iniciativa da CBT junto com a COSAT de trazer esse encontro para o Brasil foi de grande valia, acho que as nossas jogadoras estarem participando vai dar um upgrade nessa parte de padrão de jogo, de como joga o tênis feminino, vejo que isso é fundamental hoje, estive viajando bastante em torneios da América do Sul, na Europa, em torneios profissionais e vi que o tênis feminino evoluiu bastante”, afirma.
Um dos técnicos designados pela COSAT, o paraguaio Alfredo de Brix, capitão do Paraguai na Fed Cup em diversas oportunidades, gostou do nível das tenistas e também dos treinadores brasileiros que estiveram presentes e espera que os próximos passos possam ser dados em prol da padronização de jogo das atletas no feminino.
“Muito benéfico para todos, tem treinadores de alto nível de conhecimento e também o nível de entrega e interesse muito alto, estão colaborando, trabalhando muito, não só assistindo, mas passando opiniões muito valiosas que vão nos favorecer para agregar coisas nos próximos encontros também. O nível das meninas é muito bom, algumas têm o futuro muito interessante se fizerem o processo corretamente, tambem achamos que a estrutura que tem aqui no Brasil é boa para desenvolver jogadoras, aqui no Curitibano a estrutura é muito boa, o pessoal que está trabalhando aqui também”, afirma de Brix.
“É uma experiência boa para todos nós, estamos tentando formar um critério com pontos em comum de como temos que preparar o padrão de jogo das meninas na América do Sul para serem bem-sucedidas quando alcancarem o nível mundial. Tem muita receptividade por parte das pessoas e agora fica na mãos dos técnicos e os dirigentes para fazer os treinos com os novos critérios que estamos propondo”, finalizou o paraguaio.
Participaram do Encontro Feminino COSAT/Etapa Brasil as seguintes tenistas:
Amanda Oliveira (RS) - 11 anos
Camilla Bossi (SP) - 13 anos
Julia Klimovicz (PR) - 13 anos
Juliana Munhoz (SP) - 13 anos
Kathleen Percegona (PR) - 17 anos
Laura Silveira (PR) - 16 anos
Laura Wayerbacher (RS) - 15 anos
Maria Bloot (PR) - 12 anos
Maria Eduarda Mauad (PR) - 12 anos
Maria Eduarda Oliveira (PR) - 14 anos
Maria Fernanda Menezes (BA) - 14 anos
Nalanda Silva (GO) - 14 anos
Namie Isago (SC) - 14 anos
Nathalia Gasparin (PR) - 17 anos
Nathalia Mossambani (PR) - 14 anos
Vitória Okuyama (PR) - 17 anos
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