Leopoldina Juvenil homenageia vitória histórica do Brasil na Copa Davis
Leopoldina Juvenil homenageia vitória histórica do Brasil na Copa Davis 15 Dez 2016

Foto: Associação Leopoldina Juvenil

 

 

Porto Alegre (RS), 15 de dezembro de 2016 - A Associação Leopoldina Juvenil realizou na última quarta-feira, 14 de dezembro, uma homenagem ao cinquentenário do primeiro confronto de Copa Davis realizado no Brasil, a vitória diante dos Estados Unidos em novembro de 1966, na Leopoldina Juvenil, em Porto Alegre. A homenagem contou com os protagonistas do confronto, os gaúchos José Edison Mandarino e Thomaz Koch.

 

O evento foi realizado no Salão Leopoldina na Sede Marquês do Clube como parte da programação do “Destaques Esportivos 2016 e 50 anos da Copa Davis”, que também premiou atletas associados campeões em torneios estaduais, nacionais e internacionais ao longo do ano.

 

Thomaz e Mandarino receberam uma placa comemorativa e um pin de ouro para eternizar o feito esportivo de 1966. O evento também encerrou o ano temático que relembrou a Copa Davis co a exposição “Vestígios de uma vitória histórica”, com objetos utilizados na época da disputa pelos tenistas, como raquetes e flâmulas, além da “Panorama de uma vitória”, linha do tempo com fotografias e textos sobre a campanha brasileira naquela competição.

 

Apresentação equipes BRA e EUA_Crédito Memorial ALJ

 

Até 1966, o Brasil jamais havia jogado um confronto de Copa Davis em seu território e os tenistas jogavam pela Zona Europeia, já que passavam o período da competição, entre abril e julho, no continente europeu. Naquele ano, os brasileiros tiveram a primeira oportunidade de realizar um confronto na sede da Associação Leopoldina Juvenil, em Porto Alegre, justamente contra os Estados Unidos, na semifinal do Interzonal, na época o penúltimo estágio anterior à final.

 

A campanha de 1966 começou com o Brasil enfrentando a Dinamarca, de Torben Ulrich e Jan Leschly em Copenhague, com vitória por 5 a 0 de Mandarino e Koch. 

 

Em seguida, o Real Club de Tenis de Barcelona viu a equipe de Manuel Santana, Juan Gisbert e Jose Luis Arilla abrirem 2 a 0 no primeiro dia do confronto. A partir do jogo de duplas, Koch e Mandarino conseguiram uma virada histórica para o tênis brasileiro, com vitória de Koch diante de Santana e Mandarino contra Gisbert no quinto set.

 

O terceiro confronto do Brasil, na semifinal do Zonal Europeu, foi diante da Polônia, em Varsóvia, vencida por 4 a 1 pelos brasileiros. Na fina do Zonal Europeu, os tenistas brasileiros derrotaram a França em Roland Garros já no segundo dia de confronto com as vitórias de Mandarino sobre Pierre Darmon e Koch contra François Jauffret, além do triunfo nas duplas com Koch e Mandarino contra Patrice Beust e Daniel Contet.

 

Valendo uma vaga na final do Interzonal, o Brasil teve entre os dias 5 e 7 de novembro de 1966 a equipe dos Estados Unidos que contava simplesmente com Arthur Ashe, além de Dennis Ralston e Cliff Richey. 

 

O time brasileiro comandado pelo capitão Paulo da Silva Costa iniciou atrás com a derrota de Koch para Ralston, com 6/4 6/4 6/0. O primeiro dia terminou empatado com a virada de Mandarino sobre Richey, com parciais de 5/7 6/3 7/5 6/3.

 

Ashe e Ralston venceram a partida de duplas por 3 sets a 1, com 7/5 6/4 4/6 6/2. O resultado deixou o Brasil a apenas uma derrota da eliminação, que não ocorreu graças ao grande desempenho de Koch diante de Richey, com 6/1 7/5 6/1, e Mandarino contra Ralston, no quinto set, em 4/6 6/4 4/6 6/4 6/1.

 

A campanha brasileira foi encerrada na primeira semana de dezembro de 1966, em Calcutá, contra a Índia, que venceu por 3 a 2 no quinto set da quinta partida após Koch chegar a ter vantagem de 2 sets a 1. Os indianos acabaram vice-campeões daquele ano em que a Austrália se sagrou campeã em Melbourne.

 

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