Durante um dos maiores torneios promovidos no país, o Brasil Open 2015, foi realizada no último domingo (15 de de fevereiro) a Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Confederação Brasileira de Tênis, contando com a participação de presidentes e representantes de 18 entidades estaduais filiadas, faltando os presidentes das federações de Alagoas, Amapá, Bahia, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro e Rondônia, além do representante dos atletas, que justificaram suas ausências aos presentes.
A AGO contou ainda com a presença da superintendência e coordenadoria da CBT e da empresa que realiza a auditoria da entidade, para que todos os presentes pudessem realizar questionamentos. Todos os balancetes haviam sido disponibilizados anteriormente às federações estaduais, para que pudessem avaliá-los. Após o esclarecimento dos questionamentos, a Assembleia aprovou por unanimidade todas as contas do exercício de 2014 da entidade máxima do tênis brasileiro.
Um dos tópicos discutidos na reunião foi a intensificação da fiscalização dos projetos de tênis que utilizam captação de recursos via Leis de Incentivos Fiscais. A Assembleia mais uma vez falou da importância em verificar se as verbas destinadas a nossa modalidade estão sendo bem aplicadas.
Neste início de 2014 a CBT realizou uma denúncia junto ao Ministério do Esporte e ao Ministério Público sobre irregularidades da “Copa Rio Juvenil de Tênis”, cujo proponente foi o Instituto Sports, que possui uma ligação estreita com a Try Sports, empresa promotora de eventos. Pela análise da prestação de contas do projeto, tudo leva a crer que os envolvidos com as duas entidades (Danilo Marcelino- Presidente do IS e Sócio-Diretor Financeiro da Try, Nelson Aerts, Heidy Aerts e Alosio Wolf no Instituto Sports) montaram um “esquema” de intermediação com a utilização de um instituto para fazer uso do DINHEIRO PÚBLICO indevidamente e obter vantagens ilícitas, pois somente utilizando uma instituição sem fins lucrativos poderiam utilizar o benefício da Lei de Incentivo. "A Assembleia solicitou que se intensifiquem estas fiscalizações e que se tomem todas as medidas necessárias", disse Jorge Lacerda, presidente da CBT.
Outro tópico exposto na reunião foi o das denúncias realizadas em dezembro de 2014 sobre a atual gestão da CBT. "A assembleia foi excelente com explanação de todas as pontas, houve questionamento por parte de alguns presidentes que foram totalmente sanadas pelos auditores e presidência. Mais uma vez houve demonstração de transparência pela diretoria da CBT, o que gera uma maior confiança nesta gestão”, destaca Aristides Barcellos, presidente da Federação Potiguar de Tênis.
"Esta assembleia foi esclarecedora sobre assuntos que chegam de forma distorcida para as federações. O comentário feito pelo presidente do Ceará foi pertinente: há uma cobrança de que não adianta ser honesto hoje em dia, tem que demonstrar ser honesto. Sabemos que as denúncias são feitas de forma pessoal ao Jorge Lacerda e sabemos que toda a transparência é positiva e mostra a seriedade na gestão do esporte, independentemente de se utilizar dinheiro púbico ou não", afirma Roberto Petersen Mello, presidente da Federação Gaúcha de Tênis.
"A assembleia foi extremamente satisfatória, explicativa, demonstrando clareza e profissionalismo na prestação de contas. A Federação Paulista está satisfeita da forma como foi apresentada. Nunca tivemos dúvidas a respeito das denúncias, pois sabemos que é pessoal. Sabemos da seriedade da atuação desta gestão, pois acompanhamos de perto todas as ações e contas", finaliza Luiz Fernando Balieiro, presidente da Federação Paulista de Tênis.
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