O Circuito de Tênis Escolar e Universitário 2015, organizado pelo Instituto Sports e apresentado pelo Itaú, por meio da Lei Federal de Incentivo ao Esporte, está divulgando de forma indevida os apoios ao evento. As Federações de Tênis dos Estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul aparecem como apoiadores com a pretensão de dar caráter institucional e oficial ao evento. Mas na verdade este apoio não existe.
“O Circuito Escolar Universitário não faz parte do calendário anual da FPT, portanto não entendemos como evento oficial da entidade", explica o presidente da Federação Paulista de Tênis, Luíz Fernando Balieiro.
Devido aos fortes indícios de irregularidades em outros projetos do Instituto Sports, patrocinados pelo Itau com uso de Lei de Incentivo ao Esporte Federal, não só as federações de São Paulo e do Rio Grande do Sul, como outras federações estaduais de tênis negaram apoio ao Circuito de Tênis Escolar e Universitário 2015.
“O circuito não tem autorização e chancela por parte da FGT”, desmente o presidente da Federação Gaúcha de Tênis, Roberto Petersen Mello. “Queremos responsabilidade e boa aplicabilidade no uso de verbas públicas destinadas ao tênis”, fala o presidente da Confederação Brasileira de Tênis, Jorge Lacerda.
“O que o Instituto Sports gasta em apenas uma etapa, de acordo com a prestação de contas que tivemos acesso, é o mesmo orçamento anual que a Federação Paranaense de Tênis possui e utiliza na promoção de mais de 100 eventos no ano”, compara indignado o presidente da FPT, Silvio Pinheiro de Souza.
Não é a primeira vez que o fato ocorre. Na Copa Rio Juvenil de Tênis, cuja prestação de contas está sob investigação do Ministério do Esporte, do TCU, CGU e do Ministério Público Federal, o Instituto Sports, patrocinado pelo Itaú, utilizou novamente de forma indevida os nomes das federações estaduais de tênis. Na Copa Rio Juvenil de Tênis o Instituto Sports divulgou que a Federação de Tênis do Rio de Janeiro estava apoiando o evento, expondo a sua marca no material gráfico e editorial, forjando um apoio inexistente.
“Não apoiamos pois sugerimos que tivessem torneios classificatórios -como se fossem qualis - aberto a todos os tenistas das faixas etárias de 12, 14 e 16 anos para depois se chegar nos quatro melhores de cada categoria, e isso não foi feito. O evento foi de caráter particular, privado, fechado, restritivo e não oficial, sem a menor ingerência da entidade que organiza o tênis no nosso estado, nem contou pontos para o ranking nacional. Trabalhamos de forma a massificar o tênis em todo o estado do Rio de Janeiro e dentro do nosso escopo não poderemos jamais apoiar um evento restritivo com este. Não nos foi solicitado aval para expor o nome da federação como apoiador do evento, o que é uma inverdade”, falou o presidente da Federação de Tênis do Rio de Janeiro, Renato Cito, em uma nota oficial no site da Federação, durante a data do evento
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